Category: Health & Medicine

Dengue in US

🇧🇷 Dengue avança pelo globo: impactos econômicos e a esperança na nova vacina do Instituto Butantan

A dengue, historicamente restrita a regiões tropicais e subtropicais, hoje atinge áreas até então consideradas seguras contra o vírus - um reflexo das mudanças climáticas, da urbanização intensa e da mobilidade global. Relatórios recentes apontam crescimento consistente na incidência em países da América, Ásia e África, com expansão para bordas geográficas antes inauditas. Esse deslocamento acarreta graves consequências sociais e econômicas, ao passo que o anúncio de uma vacina nacional pelo Instituto Butantan reacende a esperança de controle mais eficaz da doença.

A doença representa um enorme ônus para sistemas de saúde e para a economia local. Um estudo global de 2016 estimou que o custo anual da dengue no mundo gira em torno de US$ 8,9 bilhões, entre gastos diretos e perdas de produtividade. Além disso, modelos recentes projetam que, entre 2020 e 2050, o impacto econômico global da dengue poderá somar US$ 306 bilhões - considerando tratamentos, hospitalizações, dias perdidos de trabalho e demais consequências sociais.

Nos países mais vulneráveis - onde saneamento, controle de vetores e infraestrutura de saúde são precários - a dengue agrava desigualdades e fragiliza comunidades inteiras. Epidemias repetidas sobrecarregam hospitais, aumentam internações e elevam a mortalidade, especialmente entre populações com acesso limitado a atendimento. Isso gera instabilidade social, perda de renda e crise nos sistemas públicos de saúde.

É nesse cenário que o papel da vacinação ganha relevância. Em 2025, o Instituto Butantan divulgou que seu imunizante experimental contra a dengue, desenvolvido ao longo de mais de uma década e testado em 16 mil voluntários, apresentou proteção de 89% contra formas graves da doença. A perspectiva, agora, é que a vacina seja produzida em larga escala - com previsão de até 60 milhões de doses por ano no Brasil.

A vacina não elimina imediatamente todos os riscos: a dengue possui quatro sorotipos distintos, os surtos são cíclicos e fatores ambientais continuam favorecendo a propagação do mosquito vetor. Mas um imunizante seguro e eficaz representa um divisor de águas. Ele reduz hospitalizações, mortes e diminui o custo social e econômico - especialmente em áreas endêmicas ou expostas a surtos. Com a vacina, parte do fardo sanitário deixa de recair exclusivamente sobre trabalho de controle do vetor e tratamento clínico, e ganha apoio de prevenção sistemática.

Para além de números, a chegada de uma vacina eficaz reacende a urgência do investimento em saúde pública, vigilância epidemiológica, saneamento e educação comunitária. É um sinal de que, mesmo em um mundo globalizado e em transformação climática, a ciência continua a oferecer ferramentas concretas para mitigar velhos - e novos - desafios.


🇺🇸 Dengue on the rise worldwide: economic burden, silent spread - and renewed hope with Brazil’s new vaccine

Dengue, once mostly confined to tropical regions, has expanded its reach. In recent years, countries across Latin America, Asia, and Africa - and even some regions previously considered low risk - have reported growing numbers of infections, reflecting climate change, urban sprawl, and increasing global travel. The social and economic costs of this spread are heavy, but the recent announcement of a new dengue vaccine from Brazil’s Instituto Butantan offers renewed hope for long-term control.

Dengue imposes a substantial global burden on health systems and economies. A landmark global analysis estimated that, in 2013, there were roughly 58.4 million symptomatic dengue infections worldwide, generating an estimated US$ 8.9 billion per year in direct and indirect costs. More recent projections evaluate that between 2020 and 2050 dengue could cost the global economy around US$ 306 billion, factoring in healthcare costs, lost workdays, productivity losses and long-term social impacts.

In many of the hardest-hit nations - especially those with limited sanitation, weak vector-control programs, and under-resourced health systems - dengue exacerbates inequality, strains public services, and destabilizes livelihoods. Recurring outbreaks overload hospitals, heighten fatality risks, and deepen socio-economic vulnerabilities.

Amid that urgency, the Butantan Institute’s vaccine project stands out. In 2025, data from its large-scale clinical trial - which enrolled 16,000 volunteers - showed 89% protection against severe dengue and dengue with warning signs. The plan is to produce the vaccine at scale, with a target of up to 60 million doses per year for Brazil’s vaccination campaigns.

The vaccine isn’t a silver bullet - dengue has four distinct serotypes, and environmental conditions that favor mosquito proliferation remain. But a safe, effective immunization program can dramatically reduce hospitalizations, deaths, and relieve the financial and societal burden, especially in endemic regions or areas vulnerable to outbreaks.

The arrival of this vaccine renews the need for robust public health investment: sanitation, vector surveillance, public education and rapid response systems. It also demonstrates that in a globalized world facing climate change and disease resurgence, science remains one of the strongest tools against emerging threats - old or new.

Thermography and Sport Injuries

Version in American English 🇺🇸 | Versão em Português do Brasil 🇧🇷


🇧🇷 Calor que revela: como a termografia infravermelha entrou no esporte para prevenir lesões

A termografia por infravermelho, antes vista principalmente em aplicações industriais e de engenharia, ganhou espaço definitivo na medicina esportiva na última década. Em clubes de futebol de alto rendimento - no Brasil, na Europa e em outras grandes ligas - ela passou a integrar rotinas de avaliação diária dos atletas, especialmente em períodos de cargas intensas de treino e sequência de jogos.

A lógica por trás da tecnologia é simples, embora os equipamentos sejam sofisticados: toda região do corpo emite calor. Quando há irritação, sobrecarga muscular, inflamação inicial ou alteração no fluxo sanguíneo, essa região tende a apresentar um padrão térmico diferente do lado oposto ou do restante do corpo. A câmera termográfica registra essas diferenças por meio de imagens em cores, que traduzem variações de temperatura da superfície da pele - sem toque e sem radiação ionizante.

No futebol profissional, esse tipo de análise é usado como ferramenta preventiva. Ao identificar assimetrias térmicas que surgem antes de qualquer dor perceptível, a equipe médica pode ajustar a carga de treino, intensificar processos de recuperação, direcionar fisioterapia ou simplesmente monitorar o atleta por mais alguns dias. Em várias equipes, a termografia é realizada logo na chegada dos jogadores ao centro de treinamento, fazendo parte das chamadas “rotinas de triagem”, ao lado de questionários de bem-estar, avaliação de sono e simples testes físicos matinais. A ideia não é diagnosticar lesões, mas identificar sinais precoces que indiquem que algo pode evoluir para um problema.

Para o público geral - corredores, praticantes de academia, pessoas em reabilitação ou trabalhadores que enfrentam movimentos repetitivos - a utilidade segue a mesma lógica preventiva. A termografia pode ajudar a identificar regiões que estão sofrendo mais carga do que deveriam, padrões de assimetria após treino intenso, respostas inadequadas de recuperação ou áreas que merecem atenção antes que a dor apareça. Por ser um exame rápido, não invasivo e sem contraindicações relevantes, muitos profissionais de fisioterapia, medicina esportiva e medicina do trabalho passaram a utilizá-lo como complemento ao exame clínico, e não como substituto.

O funcionamento básico também é acessível ao público leigo: a câmera detecta a radiação infravermelha natural emitida pelo corpo e transforma esses sinais térmicos em imagem. O que se observa não é o “interior” do músculo, mas as variações de temperatura na superfície, que refletem processos fisiológicos abaixo da pele, como maior vascularização, tensão muscular ou resposta inflamatória. Por isso, a interpretação deve ser feita por profissionais que conhecem tanto a técnica quanto o contexto do indivíduo - esporte, histórico clínico, tipo de treino, condições ambientais e outros fatores que podem influenciar o padrão térmico.

A termografia não substitui exames de imagem tradicionais - como ressonância ou ultrassom - e tampouco diagnostica lesões por si só. Seu valor está justamente na capacidade de mostrar mudanças sutis e precoces, permitindo intervenções simples antes que problemas maiores se instalem. No esporte de alto rendimento, isso pode significar diminuir a incidência de lesões musculares ao longo da temporada. Para a população em geral, pode ser a diferença entre identificar um padrão de sobrecarga e evitar semanas afastado por dor ou contusão.

Com a popularização de tecnologias de monitoramento, a termografia se consolida como mais uma peça em um puzzle que combina ciência, prevenção e desempenho - dentro e fora dos grandes estádios.


🇺🇸 Heat That Speaks: how infrared thermography became a quiet ally in sports injury prevention

Infrared thermography, once associated mostly with industrial inspection and engineering, has earned a stable place in sports medicine over the past decade. In professional football clubs across Europe, South America and other major leagues, the technology is now part of daily athlete monitoring, especially during periods of intense training or congested match schedules.

The principle behind the method is straightforward: every area of the body emits heat. When there is irritation, early inflammation, muscular overload or altered blood flow, that region may show a different thermal pattern compared with its opposite side or with the rest of the body. Thermal cameras capture these variations in skin surface temperature - without physical contact and without ionizing radiation - translating subtle physiological changes into visual maps of heat.

In elite football, the goal is prevention. By detecting thermal asymmetries that appear before any noticeable pain, medical teams can adjust training load, increase recovery strategies, direct physiotherapy, or simply keep an eye on the athlete for a few days. Many teams include thermography in their morning screening routine, alongside wellness questionnaires, sleep assessments and light physical checks. The objective is not to diagnose injuries, but to identify early signs that something may be heading in that direction.

For everyday individuals - runners, gym-goers, people undergoing rehabilitation or workers exposed to repetitive strain - the value is similar. Thermography can reveal areas under excessive load, asymmetries after heavy training, delayed recovery patterns or regions that deserve attention before symptoms emerge. Because the exam is quick, non-invasive and free of significant contraindications, physiotherapists, sports physicians and occupational health professionals increasingly use it as a complementary tool alongside clinical evaluation.

The technology itself is accessible to explain: the camera detects natural infrared radiation emitted by the body and converts it into an image. What we see is not the inside of the muscle, but changes in skin temperature that reflect underlying physiological processes such as increased blood flow, muscular tension or early inflammatory response. This is why interpretation must be done by professionals familiar with both the technique and the individual’s context - including training load, clinical history, environmental conditions and recovery status.

Thermography does not replace traditional imaging - such as ultrasound or MRI - and it does not diagnose injuries on its own. Its strength lies in revealing early, subtle changes, prompting simple interventions before bigger issues develop. In elite sport, this can help reduce the incidence of muscle injuries across a season. For the general population, it can mean recognizing overload patterns early enough to avoid prolonged discomfort or time away from training.

As monitoring technologies become more widespread, thermography continues to establish itself as a useful intersection of science, prevention and performance - both inside the stadium and far beyond it.


Ioannou, S. Functional Infrared Thermal Imaging: A Contemporary Tool in Soft Tissue Screening. Sci Rep 10, 9303 (2020). https://doi.org/10.1038/s41598-020-66397-9

Obesity and Health

Version in American English 🇺🇸 | Versão em Português do Brasil 🇧🇷

🇧🇷 Ozempic e Mounjaro em 2025: dos consultórios às manchetes, a nova era dos remédios para emagrecer

Em poucos anos, dois nomes saltaram do vocabulário técnico da endocrinologia para as conversas de família, rodas de amigos e manchetes de portais de notícia: Ozempic®, à base de semaglutida, e Mounjaro™, que contém tirzepatida. Em 2025, esses medicamentos simbolizam uma mudança de fase no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2 - e também uma mudança na forma como a sociedade enxerga o próprio peso.

O movimento começou nos estudos clínicos, avançou para as diretrizes médicas e, em seguida, ganhou o mundo real. Em consultórios, há histórias de pacientes que, após anos de tentativas frustradas, finalmente viram números consistentes na balança e melhora em exames laboratoriais. Fora deles, houve corrida por receitas, escassez em alguns mercados e debates acalorados sobre uso estético, equidade de acesso e riscos do “remédio da moda”.

Por trás do hype, porém, há um ponto que já não é contestado: os medicamentos funcionam. A discussão em 2025 é outra - como usá-los de forma segura e responsável.


Os efeitos que aparecem primeiro

Na prática clínica, o roteiro é conhecido. Ao iniciar Ozempic ou Mounjaro, muitos pacientes relatam o mesmo conjunto de sensações nas primeiras semanas: náusea, uma sensação de estômago “cheio” com pouca comida, episódios de refluxo, azia e, em alguns casos, perda de interesse pela comida que antes ocupava boa parte do dia.

A lista continua com constipação em boa parte dos usuários e, na outra ponta, diarreia em alguns casos. Tontura leve, cansaço e uma espécie de “descompasso” com a própria fome também entram no pacote de adaptação.

Não se trata de surpresa: esses medicamentos retardam o esvaziamento gástrico, modulam a liberação de hormônios relacionados à saciedade e alteram a forma como o corpo lida com glicose. O organismo responde, e essa resposta tem rosto, horário e incômodo.


Como os médicos têm contornado os efeitos colaterais

Se nas redes sociais o assunto costuma aparecer em tom de polêmica, nas consultas o clima é mais pragmático. Médicos já sabem que a forma de iniciar o tratamento pesa tanto quanto a dose final.

Em 2025, tornou-se quase um consenso entre especialistas:

  • escalonar a dose devagar, respeitando o tempo de adaptação de cada paciente, reduz o risco de náusea intensa e vômitos;
  • fracionar as refeições e comer devagar diminui sensações de peso e refluxo;
  • hidratar-se ao longo do dia, em vez de ingerir grandes volumes de líquido de uma só vez, alivia tontura e ajuda o intestino a funcionar;
  • priorizar proteínas e fibras e evitar, sobretudo no início, refeições muito gordurosas e álcool reduz significativamente os desconfortos digestivos.

Com essas medidas simples, uma parte importante dos efeitos colaterais deixa de ser motivo para abandono do tratamento.


Os riscos que exigem vigilância

Os eventos mais graves ligados a essa classe de medicamentos continuam sendo raros, mas estão no radar. Casos de pancreatite despertam atenção sempre que há dor abdominal intensa e persistente. Problemas na vesícula, como formação de cálculos, aparecem com mais frequência em quadros de perda de peso rápida - algo comum entre usuários de Ozempic e Mounjaro.

Em pacientes com diabetes tipo 2 que já utilizam outros antidiabéticos, o risco de hipoglicemia exige ajustes finos de dose e monitorização mais próxima. Fora desse grupo, o problema é menos frequente, mas não desprezível.


Semaglutida x tirzepatida: diferenças na prática

Na comparação do mundo real, a tirzepatida tem se destacado por proporcionar perdas de peso um pouco mais expressivas que a semaglutida. O perfil de efeitos colaterais, porém, é bastante parecido: náuseas e alterações gastrointestinais dominam o início do tratamento em ambos os casos.

A escolha entre um e outro, em 2025, tende a levar em conta o histórico clínico, o grau de obesidade, a presença de diabetes, a resposta prévia a outras medicações e, não menos importante, custo e disponibilidade.


Além da balança: o debate que não termina na consulta

Enquanto a ciência avalia impacto cardiovascular, desfechos a longo prazo e segurança em grupos específicos, a sociedade discute outro lado da história. A popularização de Ozempic e Mounjaro reacende questões sobre:

  • medicalização da estética,
  • prioridades de acesso entre pacientes com indicação clínica e uso meramente cosmético,
  • impacto psicológico de depender de uma injeção semanal para controlar o peso.

No meio desse cruzamento de interesses, um ponto desponta como eixo comum: informação qualificada. Em 2025, a grande diferença não está apenas na existência desses medicamentos, mas na forma como médicos, pacientes e a opinião pública escolhem lidar com eles - com euforia ou com equilíbrio.

Em um cenário em que a obesidade é reconhecida como doença crônica e complexa, Ozempic e Mounjaro não encerram o problema, mas mudam o tabuleiro. O desafio, daqui em diante, é usá-los com a mesma inteligência com que foram desenvolvidos.


🇺🇸 Ozempic and Mounjaro in 2025: from clinic routine to global spotlight

In just a few years, two drug names have moved from specialist vocabulary to casual conversation: Ozempic®, based on semaglutide, and Mounjaro™, which contains tirzepatide. By 2025, they have come to represent a turning point in the treatment of obesity and type 2 diabetes - and, in many ways, a shift in how society discusses weight.

The story began in clinical trials, moved into medical guidelines, and quickly spilled into real life. Doctors now describe patients who, after countless unsuccessful attempts, finally experienced consistent weight loss and improvements in lab results. Outside the clinical setting, shortages, celebrity mentions, black-market offers and heated debates emerged - about aesthetic use, fairness in access, and the risks of turning a prescription drug into a wellness trend.

But beneath the noise, one point is no longer controversial: these medications work.
The conversation in 2025 is less about whether they are effective, and more about how to use them responsibly.


The side effects that show up first

In real-world practice, the early phase of treatment follows a familiar script. Once Ozempic or Mounjaro is started, many patients report similar sensations: nausea, an unusual feeling of fullness after very small meals, episodes of heartburn or reflux, and - for some - a near-complete loss of appetite.

Constipation is extremely common; when ignored, it can linger for months. Others experience the opposite - brief episodes of diarrhea. Lightheadedness and fatigue may occur when eating habits shift too suddenly or when hydration falls behind.

None of this surprises clinicians. These medications slow gastric emptying, alter appetite-regulating hormones, and change the body’s relationship with glucose. The gut reacts - and that reaction often determines whether the patient continues treatment.


How physicians are navigating these downsides

Far from the dramatic tone of social media, the clinical approach is more methodical. Physicians have learned that the way treatment begins matters as much as the medication itself.

By 2025, several strategies have become standard in clinics around the world:

  • increasing the dose gradually, in a pace that respects individual tolerance;
  • encouraging smaller, slower meals to ease digestive discomfort;
  • spreading fluid intake throughout the day, rather than in large volumes at once;
  • ensuring adequate protein and fiber to protect lean mass during weight loss;
  • limiting high-fat meals and alcohol, especially in the first weeks, when nausea is more likely.

When these measures are followed, many of the symptoms that once led patients to quit early become manageable.


The uncommon - but important - risks

Serious complications remain rare, but well-documented. Cases of pancreatitis draw immediate attention when persistent upper abdominal pain appears. Gallstones are more likely in individuals experiencing rapid weight loss - a common outcome among strong responders.

In patients with type 2 diabetes who are already taking other glucose-lowering medications, the risk of hypoglycemia requires careful adjustments. Outside this group, low blood sugar is uncommon but still monitored.


Semaglutide vs. tirzepatide: what real-world data suggest

Everyday clinical experience points to a consistent trend: tirzepatide often produces greater weight loss than semaglutide. But the general tolerability profile - dominated by gastrointestinal symptoms - remains similar between the two.

Choosing between them in 2025 usually depends on clinical history, presence or absence of diabetes, previous treatment attempts, patient preference, and, in many places, cost and availability.


Beyond the scale: the broader debate

While researchers continue to study long-term safety and cardiovascular outcomes, the public discussion has widened. The popularity of these drugs forces society to confront questions about:

  • the line between medical treatment and aesthetic pressure;
  • how to prioritize access when supply is limited;
  • the psychological impact of relying on a weekly injection to manage weight.

Somewhere between hype and skepticism, one point has become central: the quality of information. What distinguishes 2025 from the early rush is not just scientific data - but the maturity with which doctors, patients, and journalists have learned to approach the subject.

In a world where obesity is increasingly recognized as a chronic, multifactorial disease, Ozempic and Mounjaro do not close the chapter. They open a new one. The next steps depend on how responsibly these tools are used - and how well society understands their role.